quinta-feira, 5 de março de 2009



Identificação


D.Inês de Castro era filha do mordomo-mor do rei de Castela Afonso VI, Pedro Fernandes Castro e de Aldonça Lourenço de Valadares, dama portuguesa. Nasceu na Galiza, em 1320 ou 1325, embora não haja certeza. Faleceu a 7 de Janeiro de 1355. Era filha de um dos fidalgos mais poderoros de Castela, neto Ilegítim,o de Sancho IV de Castela.


Como todos sabem, Pedro e Inês apaixonaram-se perdidamente. A relação começou cedo, com a chegada de D. Constança e o seu séquito(pessoas que tinham de a acompanhar, como damas de companhia, criados....), na qual se encontrava D. Inês (dama de companhia). D. Constança, mulher de D. Pedro, que mais tarde morreu, deixando o rei viúvo.

Amor Proíbido

Apesar de Pedro e Inês gostarem um do outro, não podiam ficar juntos, não só por questões morais (Pedro era casado), como políticas, pois Inês era por muitos indesejada, por ser da família castelhana Castro e de os filhos poderem um dia subir ao trono português. Inês era também prima em segundo grau de D.Pedro.


Consequências

Este amor nunca poderia existir, por o rei D. Afonso IV, pai de D.Pedro, obrigo
u Inês a retirar-se para Castela, onde se acredita que se encontrava secretamente com D.Pedro. Esteve lá até à morte de D.Constança, provavelmente em 1349. D. Pedro trouxe Inês passando a viver juntos e tendo quatro filhos, nascidos entre 1349 e 1354. O casal tentou obter uma bula do Papa, que lhes permitisse casar, pois eram parentes muito chegados, mas não tiveram sucesso. Em 7 de Janeiro de 1355, D. Afonso IV mandou matar Inês e, segundo a lenda, Inês antes de morrer gritou o nome do seu amado, Pedro.


Depois de Morta

Depois da morte de D. Afonso IV, D. Pedro subiu ao trono (1357), e em Junho de 1360 afirmou que tinha casado secretamente com Inês em 1354, mas não se lembrava do dia (teoria apenas confirmada pelo rei e pelo capelão). Assim, segundo a lenda, nomeou Inês como rainha sentando-a morta no trono e obrigando os nobres a homenageá-la, beijando-lhe a mão.
Também perseguiu os assassinos de Inês que tinham fugido para Castela, executando-os, mandando, segundo a lenda, arrancar o coração de um pelo peito e do outro pelas costas. Diogo Lopes Pacheco conseguiu escapar para a França e mais tarde, quando se encontrava no leito da morte, foi perdoado pelo rei.


Sepultura

D.Pedro mandou fazer dois belíssimos túmulos em calcário- um para ele e outro para Inês- e mandou colocá-los frente a frente, no mosteiro de Alcobaça, para que quando fosse a ressurreição final se levantassem e se vissem imediatamente. Os túmulos são um belíssimo exemplo de arte tumular gótica, trabalhados com um pormenor de ourives.

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